Ratear os custos fixos da indústria até chegar ao produto final é uma tarefa trabalhosa, mas não difícil. Difícil é encontrar o profissional com conhecimento suficiente para realizar os cálculos utilizando critérios de rateio que sejam adequados para cada situação. Este profissional deve conhecer os diferentes sistemas de custeio (Custeio Departamental, Custeio Baseado em Atividades (ABC), Custeio Padrão) que podem confundir se não houver certeza de qual sistema tem a melhor relação custo x benefício. Não bastasse isso, a clareza das definições conceituais básicas é essencial para a separação daquilo que são custos, despesas e investimentos sem o que, o cálculo dos custos de produção, pode ficar comprometido desde o início. Já vi casos em que o empresário lançava como despesa os valores gastos na aquisição de móveis, equipamentos de informática e outros bens de duração de mais de um ano. Nestes casos, o correto é registrar os valores das depreciações destes bens e não o valor do bem. Nos meus trabalhos, eu utilizo o sistema Departamental uma vez que, segundo Ribeiro (2011) “A margem de erro na atribuição dos custos indiretos aos produtos é bem menor quando se adota o custo departamental”. Ratear, portanto, os custos fixos aos produtos é uma “arte” que se utiliza de técnicas próprias já consagradas nas indústrias para a determinação do custo unitário de fabricação que é um dos quatro elementos da formação do preço de venda: custo, despesas fixas, despesas variáveis e lucro desejado.
A “arte” de ratear custos fixos
Por José Luiz Pereira Braz|2018-03-19T16:22:17-03:0019/03/2018|Controles e Processos, Finanças|0 Comentários
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